O Faixas Vivas esteve no Soito do Futuro!

De 1 a 4 de Maio, fomos ao encontro dos nossos amigos da Veredas da Estrela, que organizaram a iniciativa ‘De Monte a Monte’.

6/12/20252 min read

De 1 a 4 de Maio, fomos ao encontro dos nossos amigos da Veredas da Estrela, que organizaram a iniciativa ‘De Monte a Monte’. Esperavam-nos vários dias de oficinas, partilha e ação comunitária, tendo sido para nós uma honra poder marcar presença, juntamente com as Brigadas Deseucaliptizadoras da Galiza. Este grupo galego, com centenas de membros, dedica-se à organização de atividades coletivas de remoção de eucaliptos e também de outras espécies invasoras, como as acácias, em áreas baldias. O seu conhecimento sobre o tema, aliado ao da especialista Elizabete Marchante, permitiram a aplicação das melhores práticas diretamente no terreno, onde foram intervencionados dois núcleos de mimosa no Soito do Futuro, uma área de conservação da Veredas.
Representando o movimento, pudemos dar a conhecer a iniciativa aos vários participantes, explicando o conceito e o contexto em que surgiu o Faixas Vivas, bem como os problemas aos quais pretende dar resposta. Pudemos ainda dar um exemplo prático da aplicação do conceito que defendemos diretamente no terreno, tendo como objetivo a obtenção futura de faixas de ensombramento, promovendo o crescimento de caducifólias e a roça seletiva de matos. Procurando compatibilizar a preservação do habitat com as ações de gestão com vista à diminuição da perigosidade de um eventual incêndio, visitámos a área intervencionada com os participantes, numa reflexão coletiva, pesando diferentes aspetos e critérios.
Partilhámos também a nossa preocupação e perceção dos vários impactos negativos que temos identificado no território, face ao cenário alarmante de gestão desadequada das faixas de controlo de vegetação, com elevados prejuízos para o património natural e paisagístico do país. Desta forma, pudemos realçar a importância da ação organizada, que permitiu, num contexto de terreno, analisar as condições de casos concretos de intervenção e as possíveis abordagens alternativas e complementares que permitem uma gestão mais saudável e equilibrada da paisagem, tornando-a simultaneamente mais biodiversa e resistente ao fogo.